sexta-feira, 22 de abril de 2011

domingo, 17 de abril de 2011

Bullying


“Girafa”, “vovó sem dente”, “substantivo abstrato”, “cafona”, “desdentada”, “feia”, “piolho”... Estes foram os apelidos nada delicados que F.G.C.S, de 21 anos, recebeu durante toda a infância e adolescência, nos colégios pelos quais passou. Não era uma brincadeira inocente.

— Os ataques começaram quando eu tinha 4 anos e se prolongaram. Hoje, sofro de síndrome do pânico e vi minha vida destruída por pessoas sem coração — desabafa F.

Casos como os dela proliferam no mundo. Se o comportamento de alguém ou de um grupo agride, verbal ou fisicamente, de forma insistente, isso se chama bullying. O termo tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mesmo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato.

A prática é a que mais cresce no mundo e preocupa autoridades, pais e professores.

— As vítimas de bullying, normalmente, são aquelas fora dos padrões de beleza impostos por um grupo ou sociedade — explica a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro “Bullying e Cyberbullying — O que fazemos com o que fazem conosco?”.

Maria Tereza deixa claro em sua pesquisa que existem três grupos: os agressores, as vítimas e os espectadores do bullying. E ressalta que uma vítima pode ser também um praticante:

— É como se ele precisasse descontar em outro. Comumente, a vítima também oprime alguém, reproduz o comportamento do agressor. Não é útil ver a vítima como totalmente frágil e o autor totalmente “fortão”.

Sinais de alerta

Mas como saber se seu filho ou aluno está inserido num dos grupos de bullying e não pensar que o assunto é frescura ou uma brincadeira de criança?

— Medo de ir à escola, material escolar destruído ou rasgado, dinheiro ou merenda roubada constantemente, enjoos e dores de cabeça nas horas que antecedem a ida para o colégio ou a queixa destes sintomas antes da hora da saída ou do recreio, queda no rendimento escolar e vontade de mudar de escola. Se seu filho tem algum destes sintomas, fique atento — diz o educador Gustavo Teixeira, em seu livro “Manual antibullying”.

A prática pode estar em casa

Para o ator e autor Mar’Junior, de 50 anos, da Cia Atores de Mar, o bullying começou na própria casa. O pai, um homem autoritário e intolerante, frequentemente chamava o filho de burro. A insistência era tanta que Mar’Junior repetiu os primeiros anos primário, ginasial e científico.

— Tinha pavor de fazer prova, aquilo era um sofrimento para mim. Mesmo adulto, dirigi anos sem carteira de motorista porque tinha ataques de ansiedade com a prova. Testes em emissoras de TV também nem pensar — descreve ele, que hoje tenta ajudar crianças e jovens que passam por situação semelhante levando às escolas o espetáculo "Bullying": — Fazemos uma abordagem do assunto através de esquetes. A peça dura 30 minutos e ao final sempre promovemos um debate com os estudantes. O fato é que as pessoas não estão preparadas para lidar com essa onda de violência, que muitas vezes pode parecer apenas uma brincadeira não muito inocente.

O dia do revide

De tanto sofrer com as agressões em casa, Mar’Junior também foi uma vítima na rua. Cansou de apanhar dos "colegas", até o dia do revide. Quando bateu em alguém, tornou-se um agressor. Formou uma espécie de bando e aterrorizou outros meninos que considerava "fracotes".

— Quem sofre o bullying, em algum momento, tenta descontar essa raiva contida, o que está errado. Só com diálogo é possível mudar este cenário. Os pais têm que ser mais parceiros de seus filhos, ouvi-los, compreendê-los e estabelecer limites — aconselha ele, pai de duas meninas na faixa de 20 anos.

Tanto Maria Tereza Maldonado quanto Mar’Junior são enfáticos ao dizer que mesmo tendo sofrido bullying, Wellington Menezes de Oliveira não causou o massacre de Realengo por conta disso, mas sim por problemas psicológicos. Mas alertam que as marcas dessa prática são para a vida toda quando não percebidas ou tratadas.

— O bullying está em todas. Nas escolas públicas e particulares. É preciso que haja empenho para desenvoler um programa antibullying. E a melhor forma é reestabelecer o respeito que tem que haver entre seres humanos — ensina Mar’Junior.
Fonte: Jornal Extra

Roteiro Baby: DESTAQUES da programação infantil de Brasília


Roteiro Baby: DESTAQUES da programação infantil de Brasília: "> Final de semana 16 e 17 de abril Páscoa Mini GoumertsOficina para apresnder fazer brigadeiro, bicoito e pirulito de chocolate.Evento..."

Quem quiser fazer programas com a garotada no feriado vale a pena conferir as dicas do Roteiro Baby Brasilia.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

BABIES



"SÃO PAULO (Reuters) - Depois de filmar por um ano quatro crianças de diferentes países (Namíbia, Mongólia, Japão e Estados Unidos), o documentarista francês Thomas Balmès buscava levar ao público as diferentes perspectivas culturais que influem na criação de crianças, do nascimento aos primeiros passos. O resultado dessa experiência é 'Bebês', uma produção tão hipnótica quanto discutível.
Sem diálogos ou depoimentos, apenas as músicas de Bruno Coulais (de 'Coraline e o Mundo Secreto' e 'A Voz do Coração'), o filme de Balmés é uma testemunha dos acontecimentos, sem qualquer interação -- visível, pelo menos - com seus personagens. A câmera simplesmente grava seu cotidiano, mesmo quando os bebês se colocam em situações potencialmente perigosas.

Enquanto o pequeno Ponijao está inserido em uma comunidade tribal no interior da Namíbia, em que outras crianças e mães velam pelo coletivo, Bayar, na Mongólia, fica praticamente sozinho na cabana rodeada pelo deserto de Gobi.

Ao lado deles, o filme traz as meninas Mari, de Tóquio, e Hattie, de São Francisco, ambas cercadas dos apetrechos, modismos e cuidados redobrados de famílias mais urbanas. Nesse contexto, os contrastes mostrados são eloquentes, como, por exemplo, o da amamentação.

Ponijao serve-se do leite de todas as mães de sua tribo, que se revezam no cuidado às crianças. Hattie, por outro lado, se alimenta por meio de uma mamadeira, cujo leite sua mãe extrai todos os dias com uma bomba de sucção.

No entanto, quem traz os momentos mais divertidos é Bayar. Como os pais Mandakh e Purev precisam cuidar do pastoreio, o bebê aparece praticamente sozinho em muitas cenas. Em um misto de tensão e humor, Bayar interage com os mais diversos animais à sua volta, em especial quando acorda no meio de um rebanho, depois de seu irmão mais velho (de 4 anos) empurrar o carrinho em que dormia para o pasto.

As experiências captadas pelas lentes do documentarista francês apontam para dimensões variadas, mas não necessariamente opostas sobre os primeiros meses de vida de uma criança.

Ao não mostrar maior diversidade de culturas, o que se vê na tela é uma repetição de cenas curiosas protagonizadas por crianças em seu meio. 'Bebês', no fim, é menor que a ideia tida pelo popular diretor, produtor e ator francês Alain Chabat (de 'Asterix & Obelix: Missão Cleópatra'), e levada adiante por Thomas Balmès. Sem uma profundidade maior, resta ao espectador sair sorrindo da sessão, encantado pelas crianças.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)

* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb"

Vamos aguardar para ver.

terça-feira, 5 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Sebinho- Dica pra quem mora em Brasilia


Há um tempo atrás conheci o Sebinho na SCLN 406, Bl. C, Lj. 44 – Asa Norte. Eles tem um acervo enorme de livros, DVDs, CDs, gibis e etc. Para quem tem criança pequena eles possuem vários títulos para o público infantil. A loja tem dois andares e um café bem charmoso que serve saladas, crepes, sorvetes, café, chopp... Um lugar muito gostoso para levar os filhos e comprar livros por preços excelentes. Comprei o livro do "Capitão Cueca" novo por 29,00 reais e hoje achei mais títulos da coleção pela metade do preço. Vale também conferir no início do ano letivo pois é possível encontrar vários livros solicitados pelas escolas. Você pode ligar para consultar se eles possuem o título e pedir para reservarem. O telefone deles está no site do Sebinho (www.sebinho.com.br).

sábado, 2 de abril de 2011

Mundo do Sítio


A boneca de pano com olhos de retrós preto, feita por Tia Nastácia, mudou – e passou a habitar um sítio diferente. Emília e a turma do Sítio do Picapau Amarelo entraram na internet. Desde a sexta-feira, 1º de abril (Emília adoraria a data...), eles estão no Mundo do Sítio – um portal de jogos e atividades culturais lançado em parceria pela Editora Globo e TV Globo. O endereço digital é mundodositio.com.br.

Se Monteiro Lobato (1882-1948) pudesse visitar seu novo sítio, ele iria se orgulhar da criatividade – e do capricho – na adaptação de sua obra. Seus personagens ganharam o traço moderno dos mangás (como Emília, na foto ao lado) e foram transportados para cenários digitais inspirados em suas histórias famosas.

O conteúdo do site é atraente mesmo para quem não leu Lobato. O espírito aventureiro de Pedrinho, o neto valente de Dona Benta, está no jogo em que desafia Narizinho e os amigos para uma corrida de carro. Rabicó, o porco guloso protegido de Narizinho, aparece comendo rosquinhas, seu passatempo preferido nas histórias de Lobato.

Navegar pelo site é fácil. Os jogos exigem apenas as quatro setas do teclado, o botão esquerdo do mouse e a tecla espaço (algumas vezes). Ao entrar pela primeira vez, fui convidada a construir meu próprio avatar: escolhi cabelos verdes, meias coloridas e vestido rosa (confira a telinha nº 1). O visual estranho poderia ter assustado a Cuca e o Curupira, personagens bem desenhados que me receberam no Capoeirão dos Tucanos, um dos reinos do Mundo do Sítio. “O mundo virtual está em plena evolução”, afirma Saulo Ribas, diretor do Mundo do Sítio. “Os personagens podem mudar.”

Há três características que tornam o portal diferente dos demais sites infantis. A primeira é o tratamento que se dá aos jogos educativos. Eles são mais atraentes. Nem se percebe que estão sendo trabalhados conceitos de lógica e aritmética. A segunda característica é a rede social infantil. As crianças podem interagir com seus personagens, com perguntas e respostas disponíveis no chat. Não é possível digitar o nome ou divulgar o e-mail. Uma área chamada Cantinho dos Pais permite ver os amigos da criança, o tempo de conexão e as atividades favoritas. A terceira razão que torna o site difererente é a cultura. Ele dá acesso a episódios do Sítio do Picapau Amarelo e leitura de contos de Lobato, na voz da atriz Denise Fraga.

O Mundo do Sítio, para crianças de 5 a 10 anos, começou a ser produzido há um ano por mais de 60 profissionais, entre eles o músico Sergio Wontroba, autor das trilhas sonoras dos jogos. Parte do conteúdo do site é aberta, mas só assinantes terão acesso a tudo. A mensalidade custa R$ 3 neste mês. Depois, vai a R$ 6,90.
Fonte: Correio Brasiliense