Em muitas idades, é comum que crianças tenham dificuldades para dormir
Em muitas idades, é comum que as crianças se queixem dos horários de sono ou tentem permanecer acordados após a hora que os pais determinam. Na opinião de Isabel Rey Madeira, médica e professora do Departamento de Pediatria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), as questões do sono infantil podem ser abordadas de diversas maneiras como, por exemplo, estabelecendo-se rotinas e criando algumas restrições específicas ao comportamento dos pequenos.
Segundo a especialista, “muitas vezes os pais dos bebês que já atingiram os seis meses de idade reclamam que os filhos acordam durante a noite e criam outros problemas para ‘cair no sono’. Esses bebês já atingiram uma idade onde percebem a falta dos pais por perto, já se sentem ‘indivíduos’. Os bebês mais novos até acordam durante a noite, mas não precisam obrigatoriamente da presença dos pais para adormecer. Já os mais velhos às vezes precisam até mesmo estar na cama dos pais para conseguir dormir”, diz. Ela acredita que, para esse tipo de situação, o importante é acostumar lentamente o filho com a ausência dos pais.
No caso das crianças mais velhas, para a pediatra, o problema pode ser disciplinar. A criança pode querer ficar ‘um pouco além da conta’, para acompanhar os hábitos dos pais, por exemplo. Ou então para ver televisão. “Criar rotinas que acostumem a criança a ter sono nas horas certas ajuda muito, como o chamado ‘toilette do sono’, ou seja, toda a preparação que precede a hora de dormir, como ir ao banheiro, escovar os dentes, tomar banho etc”, explica Isabel. Cortar a televisão nas horas mais adiantadas, e não deixar nenhum aparelho televisivo no quarto das crianças também contribui para facilitar o sono. “O quarto deve ser um lugar próprio para dormir e deve-se evitar associar os itens próprios do sono com brincadeiras”, enfatiza.
A médica também comenta que algumas crianças podem apresentar dificuldades para dormir em consequência de pesadelos, mas também podem sofrer de ‘terrores noturnos’, em consequência do estresse. O terror noturno é um quadro onde o paciente se agita, pode gritar e até mesmo abrir os olhos, mas sem de fato ‘estar acordado’. Os pais de crianças com esse problema se assustam e, muitas vezes, até acreditam que a criança está ‘possuída’, ou qualquer coisa parecida. Na verdade, no terror noturno, a pessoa permanece dormindo. O problema é fruto do estresse e não é recomendado acordar alguém que manifeste essa situação. Para combater o problema, é recomendado aos pais criarem rotinas menos estafantes para as crianças.
Fonte: site da Unimed Rio
Nenhum comentário:
Postar um comentário