Para quem diz que "filho não vem com manual." Dicas de mães sobre quase tudo. Diversão, alimentação, educação, vestuário.... a complexidade do assunto traz uma lista sem fim de assuntos a serem tratados.
domingo, 25 de setembro de 2011
Videogame a favor do seu filho
Apesar de sempre gerar polêmica, os games podem ser uma diversão saudável. O segredo está no controle dos pais, que precisam estar atentos com o que os filhos se divertem.
Jogos de videogame sempre geram polêmica entre os pais. Afinal, fazem bem ou mal para as crianças? Para a psicóloga Andréa Jotta Nolf, do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP, as crianças de hoje não conhecem o mundo sem tecnologia. Portanto, não seria possível privá-las do videogame.
A questão está no limite desta exposição. “Apesar de ser uma atividade que entretém os pequenos por horas, os pais precisam regular o tempo da brincadeira. Até os 12 anos de idade, a criança não tem controle da intensidade de suas atividades. Então, cabe aos pais esse papel”, diz.
Como diz a psicóloga Prislaine Krodi, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo, se praticado em excesso o videogame pode virar compulsão. E como perceber isso? “Se a criança não pede mais para ir ao parque, deixa de estudar, não se interessa por outras atividades ou não telefona mais para os amigos, é o momento de diminuir as horas de jogo”, diz.
Uma saída para o equilíbrio é oferecer mais opções de lazer dos filhos. Além de jogar videogame, eles devem ter outras formas de diversão, como a prática de esportes ou brincadeiras ao ar livre. Além disso, o game não pode atrapalhar a hora da lição ou do banho. “Os pais precisam criar regras e serem firmes na execução delas. Até pode ser atraente ter algumas horas de sossego, com o filho quietinho em frente à televisão ou computador, mas os combinados devem ser seguidos”, explica.
Em relação aos jogos violentos, Andréa recomenda verificar a classificação indicativa. Caso seja permitido, a atividade pode funcionar como uma “válvula de escape” para a criança. “Esse tipo de game segue a mesma lógica das brincadeiras de mocinho e bandido. É uma forma de catarse”, afirma Andréa.
Prislaine Krodi diz, ainda, que no caso dos games violentos, a atenção deve ser maior com os menores de 7 anos. “Até essa idade, aproximadamente, a criança não separa muito bem a fantasia da realidade”, diz. Uma solução é explicar a diferença do que acontece no jogo e na vida real e, se possível, incentivá-lo a brincar com outro game. “Os pais precisam saber o que o filho está jogando, discutir o que acontece na tela e oferecer outras opções”, afirma Prislaine.
Fonte: REvista Crescer
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