domingo, 18 de março de 2012

"Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez."

A minha experiência pessoal, clínica e escolar no atendimento a famílias mostrou uma estreita relação dos comportamentos dos pais com os comportamentos dos filhos, confirmando uma vasta teoria a respeito de ser a famflia a grande responsável pelas características comportamentais de seus filhos." Nas consultas, os pais reclamam dos filhos e estes dizem serem malcompreendidos.
Na maioria das vezes, o diagnóstico ficava estreitamente relacionado com a qualidade da relação entre os pais e o filho, e o prognóstico, sujeito a alterações das ditas relações, o que significa a necessidade da participação ativa dos pais no processo.
Seguramente posso enunciar sete pontos básicos responsáveis pela boa ou má qualidade da relação entre pais e filhos, eu direciono a você, pai ou mãe que está lendo este artigo, em forma de perguntas a serem respondidas:

Referência familiar
Que exemplos você oferece?
O que você exige do seu filho, ele tem em você?
Informação/Comunicação
Você é uma pessoa bem informada?
Oferece um bom nível de informação ao seu filho?
Conversa e se comunica com ele?
Respeito às individualidades
Você reconhece seu filho como um ser independente?
Aceita-o como alguém que tem o direito de ter gostos e interesses diferentes dos seus?
Adaptação às mudanças
Você consegue compreender a evolução das gerações?
Compreende que aquilo que era incomum no seu tempo, hoje pode ser normal?
Participação ativa
Você conhece e acompanha as principais atividades do seu filho no dia a dia dele?
Se envolve com verdadeiro interesse nas questões da escola, lazer e amigos?
Afeto, atenção e confiança
Você toca-o? Abraça-o? Beija-o, sempre?
Valoriza as iniciativas dele?
Seu filho tem sua atenção suficientemente?
Ele conta com você corno confidente e cúmplice?
Você está presente nos momentos mais importantes da vida dele?
Estabelecimento de limites
Seu filho compreende a sua função de educador e que não existe liberdade sem responsabilidade?
Você tem bem claros os momentos de ser amigo e os de impor limites?
Certamente as suas respostas a essas questões são as respostas que justificam a qualidade da atual relação sua com seu filho. Se foram na maioria respostas positivas, vocês se dão muito bem e seu filho é uma pessoa equilibrada, corretamente inserida no contexto social, querida pelos amigos e professores. Porém, caso você tenha se surpreendido de alguma forma com algumas respostas negativas às perguntas, não se assuste,nós, pais e mães somos assim mesmo, muitas vezes pensando em dar segurança e oferecer o melhor para os nossos filhos, fazemos por eles, decidimos por eles. Em outras ocasiões, por deficiência na comunicação, não os compreendemos, não Ihes damos a necessária atenção quando estamos excessivamente envolvidos com o nosso trabalho, e até não paramos para avaliar as mudanças culturais ocorridas desde que fomos adolescentes e aí achamos que as soluções de hoje devem ser as mesmas do "nosso tempo". Ninguém fez curso para ser pai ou mãe. Nós utilizamos-nos da nossa experiência como "filhos" para sermos "pais", assim, estaremos sempre sujeitos a cometer erros, é comum. O que importa é estar aberto para olhar as distorções que ocorreram no período e buscar meios de minimizá-Ias. A inter-relação pessoal exige o cultivo permanente, ou seja: "nós colhemos o que plantamos".
Fonte: Colégio Leonardo Da Vinci

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