sábado, 4 de dezembro de 2010

Filhos que dormem com os pais


Esse tema foi uma pedra no meu sapato por muito tempo. Desde os 4 meses de idade meu filho dormia na minha cama. Foi quando voltei da licença maternidade e precisava acordar muito cedo para estar no trabalho às 7:30. Era um pesadelo acordar a noite toda com ele resmungando e não tem nada que me tira mais do sério do que ser interrrompida do meu sono (coisa que toda mãe de recém-nascido tem que enfrentar). Rapidamente descobrimos que ele dormia a noite toda se ficasse na nossa cama. Eu sabia que isso seria um hábito difícil de tirar e incentivada por meu marido que dizia que amor de mãe não poderia fazer mal a um bebê joguei a toalha e o aceitei na nossa cama para a alegria das minhas noites de sono.
Acontece que o bebê cresce, a cama fica pequena para três e as coisas ficam complicadas. Encurtando uma história longa durante cinco anos e meio tentei tirálo da nossa cama e depois do nosso quarto. Foram muitas idas e vindas com conversas, mudança na decoração do quarto mas ele sempre aparecia no meio da noite no nosso quarto, ou muitas vezes era eu que sentia a ausência dele. Finalmente agora tomei coragem e tive uma conversa definitiva com ele explicando que ele fará 6 anos ano que vem e que não dava mais para ficar dormindo com a mamãe pois já era um menino e todo menino tem seu próprio quarto. Ofereci a cama dos sonhos dele como recompesa e depois muitas semanas de adaptação, minha e dele, conseguimos. Nas primeiras semanas eu custava a cair no sono, ele acordava chorando no meio da noite alegando pesadelos, estar sentindo mal (acho até que aquela doença foi pela mudança pois o pediatra não achou a causa para febre), reativei a babá eletrônica para ele se sentir seguro... funcionou. Agora ambos estamos adaptados e dormindo tranquilos; cada um no seu quarto. Confesso que minha vontade era mantê-lo assim...dormindo pertinho, pois não tem nada mais gostoso que acordar no meio da noite e olhar para aquela carinha fofa, sentir aquele cheirinho de suor, ver aquele pezinho gostoso roçando o lençol...mas sei que tudo seu preço e quero que meu filho seja uma pessoa independente e segura. Me lembro de uma mensagem que recebi na internet de título, "mãe desnecessária" que dizia que você pode se considerar uma boa mãe se quando seus filhos crescem não precisam mais de você. E consciente do meu papel de mãe tenho tentado soltar as amarras, dar responsabilidades ao meu menino enfim, tomando um passo de cada vez ... no nosso tempo. Meu próximo projeto é deixa-lo cair no sono sozinho sem que eu precise me deitar ao seu lado. Ontem já comecei, pois a tal cama nova que ele finalmente ganhou como prêmio, não me cabe junto. Cantei uma canção, abençoei o sono dele, dei um beijo e me despedi. Meia hora depois entrei no quarto e ele dormia. Sem traumas; como deve ser. Nesse momento em que estamos finalmente prontos para essa mudança.

3 comentários:

  1. parabéns, não é fácil mas temos que ser fortes, eu passei por isso até 2 anos, e com o nascimento da outra eu dei um basta, mas não foi fácil, hoje ele ja esta com 4 anos e ainda é chatinho pra dormir, mas dorme.Já a minha de 2 anos não sabe o que é dormir na cama e dorme
    como um tijolinho, nem precisa ficar com ela é só colocar no berço. beijos e forças.

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  2. Obrigada, resolvi escrever essa postagem pois sei que muitas mães passam por isso. Na época sofri muito pensando que poderia estar prejudicando meu filho. Buscava artigos na internet sobre o assunto pois muitos diziam que não eram bom para a criança. Sobrevivemos (rs).

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  3. Cama compartilhada é muito bom pra criança... mas tudo tem seu tempo, e crescendo é chegada a hora certa de terminar o hábito!!! Aqui o meu tem 1 ano e 7 meses, fazemos CC desde os 4 meses (época do maior pico de crescimento) e ainda não vamos tirar ele do quarto, mas os planos pra iniciar já estão em mente!!! Depois dos 2 aninhos iremos começar com a transferência!!! parabéns pelo seu bom senso como mamãe

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