quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Catapora


Você já deve ter escutado que na escola do seu filho algumas crianças estão em casa com catapora. Sim, é tempo mesmo da doença. “No inverno, como elas passam mais tempo em ambientes fechados ocorrem pequenos surtos em creches e escolas”, diz Milton Lapchik, infectologista do Hospital Infantil Sabará (SP). Outro agravante é o tempo seco e a poluição. Como o clima afeta a mucosa respiratória da criança, ela fica mais suscetível a infecções em geral.

A idade de maior contágio é de crianças entre 1 mês e 6 anos, e a melhor forma de prevenir é por meio da vacinação. Ela não está disponível na rede pública, e nas clínicas particulares custa, em média, R$ 140. A dose deve ser dada aos 12 meses com reforço entre 4 e 6 anos. Segundo o especialista, apesar de ser raro a criança pegar a doença quando está imunizada, caso aconteça, será de uma maneira mais branda. O recado de prevenção vale para os pais e cuidadores da criança que não tiveram a doença ou não se vacinaram. A restrição é para as grávidas, que não podem receber a imunização.



Sintomas e tratamento

Febre alta (acima de 38oC) e manchas avermelhadas pelo corpo são os primeiros sinais da doença. Logo, formam-se pequenas bolhas que se rompem e viram feridas. Durante cerca de três dias, as bolhas surgem por levas: enquanto umas secam outras nascem no corpo da criança. As bolhas podem aparecer também nas mucosas: na boca, na conjuntiva, na área genital. Durante essa fase, há risco de transmissão da doença. Por isso, se você tem mais de uma criança em casa e um de seus filhos pegou a doença, leve-os ao pediatra e evite que durmam no mesmo quarto. Objetos pessoais devem ficar separados para evitar o contágio. Somente após de 5 a 7 dias, as últimas bolhas secam, formando crostas. Mais 2 a 5 dias e elas caem, revelando a pele nova por baixo delas.

A catapora (ou varicela) não oferece grandes riscos, mas como as bolhas coçam, é preciso evitar que a criança crie um machucado em cima delas para não haver inflamação local e cicatriz. Não há medicamento específico, a não ser aqueles para combater os sintomas, como a febre e a coceira. É fundamental também que a criança fique em casa, para evitar contaminar outras pessoas.


Fonte: A Saúde de Nossos Filhos, Hospital Israelita Albert Einstein

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